"Uma herança levada ao som da flauta " por Débora Motta



Projeto na UniRio recupera repertório pouco divulgado de um dos mais importantes nomes da música erudita no País


Um dos maiores músicos  eruditos brasileiros do século XX, o compositor Francisco Mignone (1897- 1986) deixou um vasto legado de obras para orquestra sinfônica, ópera, coral e música de câmara. O que poucos sabiam é que esse acervo tão diversificado ainda guarda preciosidades  inéditas,  que  vão  além  da  sua produção para piano solo, mais conhecida pelo público. Uma das  facetas pouco explorada pelos discípulos e admiradores de Mignone,  seu  repertório  para música  de câmara  que  contempla  extensivamente  a flauta transversal, não dorme mais em baú, armário ou gaveta. Coordenado pelo flautista e professor Sérgio Barrenechea, um projeto de pesquisa na Universidade Federal  do Estado Rio  de  Janeiro (UniRio)  contribuiu  para  enriquecer  um pouco mais o universo da música erudita com a gravação do CD triplo A Música para Flauta de Francisco Mignone.
O objetivo do projeto é resgatar obras relevantes da literatura para flauta na música de câmara de Francisco Mignone, tentando contribuir, assim, para a sua divulgação entre o público e músicos interessados em sua  obra.,  resume Barrenechea. Em  sua avaliação,  a  contribuição  de Mignone  ao repertório  para  flauta  transversal merece atenção  especial, não  apenas pelo grande número de obras do compositor que incluem este instrumento, mas também pela maneira inventiva como a flauta é utilizada, frequentemente  exigindo  habilidades virtuosísticas do executante.


Artigo publicado na Revista Rio Pesquisa Ano 4 - nº 15.  Rio de Janeiro: FAPERJ,  junho de 2011. pgs 3-5.

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